quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Curso de Ciências Contábeis e seus bônus

Trabalhar diariamente com números, fiscalizar a compra de produtos e gerenciar o desempenho econômico de uma empresa. Essa é a rotina da diretora de gestão da Jinx Playware, Verônica Vargas, 24 anos. Graduada em ciências contábeis pela UFPE, ela é um das 4.302 contabilistas de Pernambuco com registro no Conselho Regional de Contabilidade. O trabalho na produtora de jogos eletrônicos exige bastante no dia a dia. \"Coordeno uma equipe e supervisiono a parte financeira, que envolve desde o setor de compras até o balanço mensal. É um trabalho que requer atenção, mas que é prazeiroso\", afirma. Antes de ocupar o atual cargo, Verônica passou por outras experiências profissionais. A primeira delas foi na ACE., consultoria júnior da universidade. O estágio foi fundamental para a carreira. \"Fiquei na empresa júnior por dois anos, onde pude aprender bastante\", conta. Hoje, cursa um MBA em finanças. \"Na especialização, tenho acesso a conteúdos sobre análise de riscos e estratégias, assuntos que não vi na graduação\", revela. A busca pela qualificação deve ser constante na vida de quem abraça a carreira de contabilista. Que o diga o contador Flávio Cesário, dono de um escritório de contabilidade. Com 15 anos de profissão e clientes fixos, ele não se acomodou e agregou uma especialização e um mestrado ao currículo. \"De dois anos para cá muitas mudanças nas leis municipais, estaduais e federais vêm ocorrendo\", aconselha. Em seu dia a dia, Cesário comanda uma equipe de cinco profissionais, responsáveis por ações que vão desde a abertura e fechamento de empresas até o controle de folhas de pagamento. \"Estar antenado às novas tecnologias é outra postura fundamental. A fiscalização eletrônica exige novos conhecimentos\", cita. Camila Holanda, 21 anos, 5º período da UFPE, diz que o aprendizado das novas regras se soma aos estudos para no ingressar no serviço público. \"Meu objetivo é passar em um concurso e ser auditora\", declara. Os planos são o de quem quer um futuro tranquilo. Na última seleção para auditor da Receita Federal, o salário inicial foi de R$ 13 mil. Contudo, há quem renegue a carreira pública. É o caso de Ricardo Gonçalves, 28 anos, que preferiu a iniciativa privada. Natural de São Paulo, ele se candidatou a uma das vagas de trainee da Odebrecht. Passou, foi contratado e transferido para Pernambuco. Hoje, trabalha no Porto de Suape. \"Não falta emprego. O curso é completo\", opina.

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